Candido Portinari


Imagem do Artista Candido Portinari
Candido Portinari, pintor e artista gravador
Candido Portinari nasce em 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café perto do pequeno povoado de Brodowski, no estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, tem uma infância pobre. Recebe apenas a instrução primária. Desde criança manifesta sua vocação artística. Começa a pintar aos 9 anos. E – do cafezal às Nações Unidas – ele se torna um dos maiores pintores do seu tempo.

Aos quinze anos parte para o Rio de Janeiro. Matricula-se na Escola Nacional de Belas-Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem à Europa, com o Retrato de Olegário Mariano. Esse fato é um marco decisivo na trajetória artística e existencial do jovem pintor. Permanece em Paris durante todo o ano de 1930. A distância, pode ver melhor a sua terra. Decide: Vou pintar aquela gente com aquela roupa e com aquela cor…

Portinari retorna, saudoso de sua pátria, em 1931. Põe em prática a decisão de retratar nas suas telas o Brasil – a história, o povo, a cultura, a flora, a fauna… Seus quadros, gravuras, murais revelam a alma brasileira. Preocupado, também, com aqueles que sofrem, Portinari mostra em cores fortes a pobreza, as dificuldades, a dor. Sua expressão plástica, aos poucos, vai superando o academicismo de sua formação, fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista moderna. Segundo o escritor Antonio Callado, sua obra constitui um monumental livro de arte que ensina os brasileiros a amarem mais sua terra.
Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Candido Portinari participa da elite intelectual brasileira numa época em que se verifica uma notável mudança na atitude estética e na cultura do País. Este seleto grupo reflete, ainda, sobre os problemas do mundo e da realidade nacional. A escalada do nazifascismo e os horrores da guerra, bem como o contato próximo com as históricas mazelas do Brasil reforçam o caráter trágico da vertente social da obra de Portinari e o conduzem à militância política. Filia-se ao Partido Comunista. Candidata-se a deputado federal, a seguir a senador, não se elegendo porém em nenhuma das duas candidaturas. Mais tarde, com o acirramento da repressão política, exila-se por certo tempo no Uruguai.

O tema essencial da obra de Candido Portinari é o Homem. Seu aspecto mais conhecido do grande público é a força de sua temática social. Embora menos conhecido, há também o Portinari lírico. Essa outra vertente é povoada por elementos das reminiscências de infância na sua terra natal: os meninos de Brodowski com suas brincadeiras, suas danças, seus cantos; o circo; os namorados; os camponeses… o ser humano em situações de ternura, solidariedade, paz.

Pela importância de sua produção estética e pela atuação consciente na vida cultural e política brasileira, Candido Portinari alcança reconhecimento dentro e fora do seu País. Essa afirmação de seu valor se expressa nos diversos convites recebidos de instituições culturais, políticas, religiosas, para realização de exposições e criação de obras; nos prêmios e honrarias obtidos nas mais diferentes partes do mundo; na aura de amizade e respeito construída em torno de sua imagem; no orgulho do povo brasileiro, tão bem representado em sua obra.

Candido Portinari morre no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas. Na última década de sua existência cria, para a sede da Organização das Nações Unidas, os painéis Guerra e Paz. Na concepção do diretor do Projeto Portinari, João Candido, essa obra-síntese constitui o trabalho maior de toda a vida do pintor. O mais universal, o mais profundo, também, em seu majestoso diálogo entre o trágico e o lírico, entre a fúria e a ternura, entre o drama e a poesia. Na avaliação do artista Enrico Bianco,  Guerra e Paz são as duas grandes páginas da emocionante comunicação que o filósofo / pintor entrega à humanidade.

Fonte:  Projeto Portinari www.portinari.org.br
Obras à venda:
Gravura da obra Mulheres
CANDIDO PORTINARI: “Mulheres”, 1939. Zincografia impressa em papel.
"Mulheres", 1939
Zincografia sobre papel
Tiragem: 16/50
Dimensão imagem: 13cm x 15cm
Dimensão da folha: 19cm x 21cm
Com dedicatória: “Para Ruth e Josias”
Não Disponível
Gravura da obra Sem título (Figura de menina)
CANDIDO PORTINARI: “Figura de menina”, gravura original de 1939.
"Sem título (Figura de menina)", 1939
Zincografia sobre papel
Tiragem: 05/50
Dimensão da imagem: 29,8cm x 23,3cm
Dimensão da folha: 49cm x 34,5cm
Não Disponível
Gravura da obra Espantalho
CANDIDO PORTINARI “Espantalho”, 1949. Gravura em metal, ponta-seca, produzida especialmente para o Clube dos Glifófilos, o primeiro clube de colecionismo de gravuras do Brasil.
"Espantalho", 1949
Gravura em metal, ponta seca.
Produzida exclusivamente para o Clube dos Glifófilos, o primeiro Clube de Gravuras do Brasil
Tiragem não informada
Dimensão da imagem: 33,8cm x 26,5cm
Dimensão da folha: 39cm x 32,5cm
Não Disponível
Gravura da obra Simão Bacamarte
PORTINARI: "Sem título", gravura em metal, água-forte e ponta-seca.
"Simão Bacamarte", 1946
Gravura água-forte produzida para o livro "O alienista" de Machado de Assis.
Tiragem: H.C.
Dimensão: 24,5cm x 17cm
Registro no Projeto Portinari para outra obra idêntica, sob. o nº 839, para exemplares sem numeração.
Não Disponível
Gravura da obra Mulher correndo
CANDIDO PORTINARI: "Mulher correndo", litografia preto e branco de 1939.
"Mulher correndo", 1939
Litografia preto e branco
Com a dedicatória do pintor: "Para a Gerda com a amizade de Portinari"
Tiragem: H.C.
Dimensão da imagem: 20cm x 16,5cm
Dimensão da folha: 30cm x 26cm
Registro no Projeto Portinari nº 873 para outro exemplar. 
Não Disponível