Hans Grudzinski


Imagem do Artista Hans Grudzinski
"Ilha com barcos", gravura em metal de Hans Grudzinsk, 1971.

Hans Grudzinski (Novi Vrbas, Iugoslávia, atual Sérvia 1921 – Mauá SP 1986). Gravador, desenhista, pintor e arquiteto. Forma-se arquiteto em 1940. Em 1947, transfere-se para o Brasil, fixando-se em Mauá, São Paulo. Entre 1954 e 1956, estuda pintura na Associação Paulista de Belas Artes, e em 1959 cursa artes gráficas, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). No mesmo ano, é orientado pelo gravador Lívio Abramo (1903-1992) no Estúdio Gravura, em São Paulo, onde participa de uma coletiva em 1961. Em 1963, expõe na 1ª Bienal Americana de Gravura, em Santiago, Chile. Em 1966, é agraciado com medalha de ouro no 2º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC). Obtém prêmio no Salão Paulista de Arte Moderna e participa da 9ª Bienal de São Paulo, em 1967. No ano seguinte, conquista medalha de prata em artes gráficas, no Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul, São Paulo. Ganha prêmio Conselho Estadual de Cultura do 1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, em 1969. Em 1970, é premiado pelo conjunto da obra no Salão de Arte Brasileira Religiosa de Londrina, Paraná. Em São Paulo, expõe em individuais nas galerias São Luís, em 1963 e 1965, e Documenta, em 1970, 1980 e 1983. Apresenta ainda trabalhos no Panorama de Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em várias ocasiões, entre 1969 e 1980, quando é premiado na 4ª Mostra Anual de Gravura, no Museu da Gravura , Curitiba, Paraná. Entre 1947 e 1967, trabalha em uma fábrica de porcelanas, em Mauá, São Paulo. A produção gráfica de Hans Grudzinski deteve-se principalmente na gravura em metal, tendo trabalhado especialmente com as técnicas da água-tinta, água-forte e ponta-seca. Inicia-se no estudo da gravura com Lívio Abramo (1903-1992), em 1959, recém-chegado de um período de estudo no ateliê do gravador inglês Stanley William Hayter (1901-1988), com quem se aperfeiçoara na incisão sobre metal.

Na década de 1960, Grudzinski recebe prêmios em diversas exposições, confirmando o reconhecimento de sua qualidade como gravador. Desse período é As Lenhadoras (1966), gravura em metal colorida. O artista resolve as figuras de maneira geometrizante, sendo que a personagem do canto esquerdo beira a abstração – é possível compreendê-la, no contexto da obra, por justaposição às duas outras, estas nitidamente figuras femininas. Grudzinski trabalha com múltiplas linhas paralelas em diversas direções, tanto para compor as figuras, como o fundo, misturando ambos por conta dessa utilização do mesmo procedimento na fatura.

De fins da década de 1970, é Flor, Árvore e Floresta (1979), outra gravura em metal, porém, desta vez, feita de duas impressões de diferentes chapas que compõem juntas a imagem. Nela manchas de cor, criadas pela técnica de água-tinta, delimitam áreas irregulares e criam uma sensação de profundidade.

Nos anos 1980, o trabalho de Grudzinski transforma-se significativamente quando passa a utilizar certa luminosidade que remete às gravuras de Rembrandt (1606-1669). É essa luz que guia o olhar do espectador em Procissão no Interior (1983), de maneira narrativa, como que contando a história dos fiéis que chegam à cidade. O artista faz uso ainda de certos relevos e da cor, esta presente apenas em algumas edificações da cena. Em São Paulo (1980), a luz foca tanto a multidão, que se espalha pela parte inferior da tela, em perspectiva, como volumes redondos na parte superior que aparecem, às vezes, entrecortados por barras verticais retas e diagonais. Outros volumes de formas geométricas diversas também flutuam nesse espaço criado pelo gravador. Articulando manchas, o tracejado firme e incisivo e o uso de tons de marrom, Grudzinski produz um clima misterioso nessa estampa bastante inusitada, tanto no que diz respeito ao tratamento do tema, como pela organização da composição.

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

Obras à venda:
Gravura da obra Ilha  com barcos
HANS GRUDZINSKI: “Ilha com barcos”, gravura em metal, 1971.
"Ilha com barcos", 1971
Gravura em metal, sobre papel algodão (fibra vegetal)
Tiragem: 21/50
Dimensão da imagem: 29,6cm x 24,5cm
Dimensão da folha: 40cm x 34,5cm 
R$ 800,00
Gravura da obra Feira
HANS GRUDINSKI: "Feira", gravura em metal colorida, 1983.rmato.
"Feira", 1983
Gravura em metal colorida.
Tiragem: 48/100
Dimensão imagem: 39,2cm x 26,1cm
Dimensão total: 52,4cm x 36,4cm
R$ 1.200,00
Gravura da obra Diálogo
HANS GRUDINSKI: "Diálogo", rara gravura em metal da década de 60.e formato.
"Diálogo", 1965
Gravura em metal colorida.
Tiragem: P.A. 06/40
Dimensão imagem: 22cm x 14,8cm
Dimensão total: 40cm x 32,9cm
R$ 800,00
Gravura da obra O espaço lhes pertence
HANS GRUDZINSKI: “O espaço lhes pertence”, rara gravura em metal feita especialmente para a empresa Solvay no Natal de 1973.
"O espaço lhes pertence", 1973
Gravura em metal colorida, feita exclusivamente para a empresa Solvay no Natal em 1973
Tiragem: 32/50
Dimensão da imagem: 35,5cm x 29,4cm
Dimensão da folha: 52,5cm x 38,5cm
Não Disponível
Gravura da obra Os namorados
HANS GRUDZINSKI: “Os namorados”, gravura em metal.
"Os namorados"
Gravura em metal
Tiragem: 31/40
Dimensão total: 71cm x 61cm
Não Disponível
Gravura da obra No banco da praça
HANS GRUDZINSKI: “No banco da praça”, gravura em metal, 1983.
"No banco da praça", 1983
Gravura em metal colorida.
Tiragem: 18/100
Dimensão imagem: 33,2cm x 32,5cm
Dimensão da folha: 68cm x 53cm
Não Disponível
Gravura da obra Recordações do Rio Paraguai
HANS GRUDINSKI: "Recordações do Rio Paraguai", 1980. Gravura em metal colorida, água-forte, água-tinta, em grande formato.
"Recordações do Rio Paraguai", 1980
Gravura em metal, água-forte, água-tinta.
Tiragem: 20/70
Dimensão da imagem: 68,5cm x 59cm
Dimensão da folha: 91cm x 75cm
Não Disponível