João Rossi nasceu em São Paulo, SP, em 1923 e faleceu na mesma cidade no ano 2000. Pintor,
gravador, ceramista, muralista e professor. Inclinado inicialmente à poesia e
ao jornalismo, dedicou-se a ilustrações e sonetos para jornais e revistas.
Começou a desenhar desde criança e a desenhar e pintar, autodidaticamente.
Diplomou-se em contabilidade e como contador trabalhou numa fábrica de móveis,
terminando como desenhista e entalhador de moveis de estilo. Na Associação
Cristã de Moços em São Paulo, Montevidéu e Assunção, começou a lecionar desenho
e pintura. Em Montevidéu, impressionou-se com a obra do construtivista uruguaio
Torres Garcia. Em Assunção, entrou em contato com o trabalho da ceramista
paraguaia Josefina Plá. Foi um dos artistas que deram início ao movimento moderno
no Paraguai. Casou-se com a ceramista Isabel Olmedo, paraguaia, e voltando para
São Paulo, em 1953, foi lecionar na Escola de Arte do Museu de Arte Moderna de
São Paulo, ao lado de Nelson Nóbrega, Lívio Abramo e Wolfgang Pfeiffer. Em
1954, foi lecionar na Escola de Arte da Fundação Armando Álvares Penteado,
diretor da Escola de Arte e em 1962, diretor da Faculdade Artes Plásticas e
Comunicações da mesma entidade. Em 1968, organizou e dirigiu a Unidade de
Desenho e Plástica da Faculdade de Filosofia da Universidade de Mogi das
Cruzes. Desde 1972 é professor da cadeira “Iniciação às Técnicas Industriais da
Universidade Mackenzie. Em 1974, dirigiu os cursos de Especialização em Artes
Plásticas e Técnicas Industriais na Universidade de Ribeirão Preto.
Tem quatro
trabalhos publicados na “Memória Paulistana” (catálogo editado em 1975 pelo
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Esportes e Turismo,
Conselho de Coordenação: Museu da Imagem e do Som), no qual retrata a São Paulo
da garoa, os luminosos, os bondes, os novos edifícios de concreto, a Avenida 9
de julho antes da transformação urbana sofrida com a construção dos elevados,
motivação dos seus temas urbanos.
Por volta de 1960, começou sua atividade de muralista, destacando-se as suas principais obras públicas realizadas: 1967 – Projeto e execução do mural “Passeata” para Garagem 7 de setembro, na rua Conde do Pinhal, em cerâmica vitrificada; 1968 – realizou com Caciporé Torres os murais (alto relevo em terracota) para fachada do Palácio do Bandeirantes, intitulado “História e Evolução da Cidade de são Paulo”, desenho de João Alvim de Souza e Natanael Longo, premiado no concurso universitário promovido pela Casa Civil do Palácio do Governo; publicou vários álbuns de gravuras, dentre eles, em 1975, um álbum-brinde para a CETESB, com 5 gravuras ecológicas em metal, policrômicas, cuja técnica executiva é demonstrada em 5 painéis didáticos, que se encontram nas salas da companhia, à Av. Prof. Frederico Hermann Júnior, em São Paulo.; além da temática urbana, Rossi criou uma figura ameríndia, feminina e maternal. Com a técnica da cerâmica também executa objetos de uso doméstico (utilitários). Pesquisando em laboratório com novas matérias primas, assimilou vidros, pigmentos e minério cerâmico, imprimindo à sua obra e expressão “Polimatérica”.
Na VIII Bienal
de São Paulo, lançou objetos tridimensionais: caixas de madeira contendo
figuras de cerâmica, encerradas com pinturas e colagens em vários planos de
vidro. Paralelamente à sua atividade de professor, trabalhava no seu atelier, na
Vila Sônia, em São Paulo.
Fonte: http://www.joaorossi.com.br