Manuel
Messias dos Santos nasceu em Aracajú, Sergipe e faleceu no Rio
de Janeiro em 2001. Chegou ao Rio de Janeiro com cinco anos de idade
acompanhado de uma tia e da avó. Ao fazerem esta viagem de ônibus pararam em
Salvador e ali permaneceram por dois anos. Leonídio Ribeiro, diretor do Museu
de Arte Moderna, contratou mais tarde sua tia como doméstica. Isso
facilitou seu ingresso no mundo artístico e o levou a frequentar as aulas do
artista plástico Ivan Serpa. Foi aluno da Escola Nacional de Belas Artes, por
alguns meses e assistiu ali aulas de Abelardo Zaluar. Nesse tempo dedicou-se
tanto à xilogravura que se tornou seu primeiro e único meio de expressão.
Dentre as primeiras imagens que expressou foram aquelas que deixaram marca em
sua infância nordestina: a fome, a miséria, entre outros temas.
Teve sua primeira exposição individual na Galeria Fátima, em 1968. Participou
das bienais da Bahia (1966) e recebeu três prêmios em 1980, na II Bienal
Iberoamericana do México, na Mostra Anual de Gravura de Curitiba; III Salão
Nacional de Artes Plásticas no Rio de Janeiro. Participou também do Salão
Nacional de Arte Moderna (1965 e 1968); do II Salão Esso de Artistas Jovens
(1968) e do II Salão de Verão (1970); A exposição “3 aspectos da gravura
brasileira”, foi uma exposição itinerante e percorreu muitos países da américa
latina (1968). Além dessas mostras fez parte da “Depoimento de uma geração –
1969-1970”, na Galeria BANERJ, Rio de Janeiro (1986); e da mostra com Goeldi e
Marcelo Grassmann na Bolsa de Arte, Rio de Janeiro (1974). Em meados dos anos
80 o artista foi tema de reportagens em jornais cariocas: vivia na completa
miséria, depois de ter sido considerado pela crítica um dos nomes mais
importantes da arte da gravura no Brasil.