Processo do Lavis


Marcus Lontra, Curador de Arte olhando e sorrindo para a foto
"Estrutura em movimento", Processo do Lavis, 1962. Iberê Camargo

Toda chapa para ser gravada, em qualquer técnica, tem que ser polida. O polimento deixa a superfície sem arranhões, sem desnivelamentos que possam segurar tinta e macular o branco. O desengordurar só é necessário quando a chapa vai ao ácido. Para o Lávis, a chapa polida e desengordurada é protegida nas partes em que se quer conservar o polimento. No banho de ácido são atacadas as partes nuas do metal, destruindo o polimento. O despolimento retém a tinta que será transferida ao papel. Para pequenas graduações de tom, o banho de ácido é mais ou menos demorado. A impressão se dá com a prensa calcográfica, em técnica que lhe é afim. É uma impressão parecida com uma aguada de nanquim, com pretos de pouca intensidade. Número reduzido de cópias em bom estado, pois o ato de limpar a chapa, retirando a tinta desnecessária, lhe dá novo polimento.

Fonte:

DASILVA, Orlando. A Arte maior da Gravura: participação gráfica de Marcello Grassmann. São Paulo, ESPADE, 1976.